segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Ribeira da Calheta

Ribeira da Calheta, realizado a 10/10/2009
Participantes: Carlos, Filipe e Louísa

Depois do adiamento motivado pelo temporal da semana passada, partimos à descoberta do canyoning da Ribeira da Calheta, um pequeno troço entre as levadas das 25 Fontes e da Rocha Vermelha. Ao longo dos anos, sempre que passava por esta zona, pensava que esta pequena secção poderia ser interessante. Parecia estreita e com pequenas verticais, frequentemente com caudal devido ao despejo de água proveniente da Levada das 25 Fontes. Foi, então, a situação perfeita para o primeiro canyoning que abrimos. O percurso conta com apenas 6 rapéis ao longo de 400m de extensão e 120m de desnível. O maior ressalto tem 16m e todas as amarrações são possíveis com ancoragens naturais nas urzes que dominam a paisagem. O canyoning conta com vários destrepes, todos facilmente ultrapassáveis, sendo o maior de 4m.
Infelizmente, desta vez a Levada não estava aberta para a ribeira, pelo que o caudal estava fraco, aumentando lentamente ao longo do trajecto. Quando a Ribeira da Calheta apresenta este perfil, é possível percorrer o canyoning sem fato de neoprene, já que é possível evitar as zonas mais profundas das lagoas, molhando-nos apenas até ao joelho. Apesar da pouca água, a ribeira não deixou de mostrar os seus encantos, particularmente numa zona intermédia que consiste num autêntico túnel de urze, com vários destrepes entre pequenas, mas bonitas passagens. Esta secção lembrou-nos a zona inicial do canyoning da Água Negra superior. Infelimente, as zonas inicial e final não estão tão limpas de ervas com impacto estético menos agradável, particularmente com a presença de algum incómodo silvado. Ao longo da ribeira, particularmente na beira das cascatas, abrem-se vistas para o restante vale da ribeira, sempre com o mar ao fundo.
O tempo de acesso desde o carro é de 10min e de regresso cerca de 30min, onde se terá que contar com a subida de uma vereda com 140m de desnível. Dentro da ribeira dever-se-á demorar entre 1 e 2 horas, dependendo da velocidade e volume do grupo. Assim , este canyoning apresenta-se como uma solução para um canyoning rápido, simples e pouco cansativo. Com um caudal elevado deverá duplicar o interesse e o grau de dificuldade, particularmente nos destrepes. Ainda assim, é possível montar rapel nos 3 destrepes mais difíceis, pelo que há sempre uma variante segura para ultrapassar esses ressaltos.

Álbum completo (72 fotos) e com maior resolução AQUI.
Equipamento: Pentax Optio W30 e Pentax Optio W60























2 comentários:

Anônimo disse...

Excelente iniciativa, será porventura um canyoning a experimentar!

vao disponiblizar o croqui aqui no blog??

Carlos FSR disse...

O blog foi uma solução que encontrámos para partilhar fotos e vídeos com os nossos conhecidos, pelo que pelo menos para já não iremos disponibilizar qualquer croqui. Neste canyoning nem há uma verdadeira necessidade para tal, já que não há dificuldades técnicas de maior. As informações que estão no post são suficientes para que um grupo de praticantes com experiência faça este canyoning sem qualquer problema. Há que ter atenção redobrada quando o caudal está forte devido à descarga da levada, mas fora isso é um canyoning muito fácil. Se reparares, encontramos muito poucos croquis da Madeira na internet, e não estou disposto a contrariar essa tendência por minha iniciativa individual. Se toda a informação que existe deveria ser disponibilizada, isso já é outro debate. Na minha opinião, tudo deveria estar disponível, mas acompanhado por uma legislação que permitisse a prática desta actividade apenas a indivíduos com alguma formação em canyoning (pelo menos o nível de descoberta para todos e o de nível 1 obrigatório para um ou dois elementos). Assim praticar-se-ia esta actividade em maior segurança, porque quanto mais informação, experiência e segurança, melhor. Quanto ao croqui, se ainda o quiseres podes te identificar e me contactar por email: w30canyoning@sapo.pt