sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Canyoning das Cales I (troço médio)

Ribeira das Cales, Chão da Lagoa, Funchal
Realizado a 6/12/2009
Participantes: Bernardo, Carlos e Louísa

Após a não obtenção de licença para realizar um canyoning numa outra zona devido a um pedido demasiado tardio, recorremos à Ribeira das Cales, no troço intermédio da secção superior (Cales I). Este pequeno percurso de 300 metros concentra vários saltos, pequenos escorregas, zonas abertas, gargantas estreitas, destrepes e três pequenos rapéis. Inserido no contexto visual do Chão da Lagoa, é uma solução interessante para quem fazer um canyoning numa decisão de momento. Nós regressámos para capturar mais vídeos e fotografias para o vídeo das nossas actividades em 2009, e claro, para desfrutarmos das propriedades lúdicas deste troço.
O dia, apesar de nublado, estava bastante agradável para o final de Outono. O vento não se fazia sentir e a temperatura estava perfeitamente suportável para os 1400m de altitude a que nos encontrávamos. Estavam, assim, reunidos os condimentos para uma manhã bem passada. Felizmente tudo correu bem, conseguimos as imagens que queríamos, há apenas a salientar a temperatura extremamente baixa que a água regista nesta altura. De futuro vamos tentar obter uma leitura desta temperatura para verificar a sua evolução ao longo do ano.

Álbum completo (62 fotos) e com maior resolução AQUI.
Equipamento: Pentax Optio W30












quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Mais fotos da Calheta 2

Ribeira da Calheta, realizado a 7/11/2009
Participantes: Bernardo, Carlos, Louísa e Márcia

Nestas semanas não temos feito canyoning por motivos de doença ou más condições climatéricas, mas ,entretanto, estão disponíveis mais fotos da segunda visita ao Canyoning da Calheta. Desta vez tratam-se das fotos da autoria do Bernardo com a sua recentemente adquirida Panasonic DMC-FT1.
 
Álbum completo (142 fotos) e com maior resolução AQUI.
Equipamento: Panasonic DMC-FT1
 









 

domingo, 8 de novembro de 2009

Ribeira da Calheta 2

Ribeira da Calheta, realizado a 7/11/2009
Participantes: Bernardo, Carlos, Louísa e Márcia

Esta segunda visita à Ribeira da Calheta servia dois propósitos: dar a conhecer este percurso à Márcia e ao Bernardo, além de experimentar este canyoning com o caudal normal. De facto, esta segunda ida foi uma autêntica redescoberta, já que, como é costume, a Levada das 25 Fontes estava a descarregar para a Levada da Rocha Vermelha através desta curta secção da Ribeira da Calheta. Com este volume de água, o Canyoning da Calheta transfigura-se para melhor, ganhando vigor, intensidade e uma personalidade ainda mais vincada. É a excepção que confirma a regra: neste caso, o canyoning ganha caudal com a levada que o precede, ao invés de perdê-lo.
Apesar da água raramente subir acima da cintura, a sua presença constante deu-nos imenso gozo, fazendo-nos sentir muito mais em contacto com o contexto físico da ribeira. Em termos estéticos, toda o percurso beneficiou, com destaque particular para o terceiro rapel, onde é criada uma cascata dupla.
Com esta situação é necessária maior atenção nos destrepes, uma vez que a rocha torna-se mais escorregadia e tapada pela água. Nas zonas de afunilamento do caudal, é conveniente usar uma via alternativa à do curso de água devido à sua força, que é mais do que suficiente para retirar-nos o apoio dos pés. Esta situação provocou pequenas quedas que, felizmente, foram curadas com muitas gargalhadas.
Ainda aproveitamos para recolher algumas castanhas já que tanto no início como no fim encontramos alguns castanheiros.

Álbum completo (85 fotos) e com maior resolução AQUI.
Equipamento: Pentax Optio W30 e Pentax Optio W60













domingo, 25 de outubro de 2009

Canyoning da Água Negra superior - versão curta

Ribeira da Água Negra, Rabaçal. Realizado a 24/10/2009.
Participantes: Carlos, Filipe e Louísa

Regressámos ontem ao troço superior do canyoning da Água Negra para estrear o trilho que abrimos na semana passada e que serve de escapatória deste canyoning antes das grandes verticais.
Fazendo jus ao seu nome, a Ribeira da Água Negra recebeu-nos com lagoas pouco iluminadas e já muito frias, ao contrário do sol quente e água verde esmeralda completamente translúcida com que fomos presenteados em Junho, quando percorremos pela primeira vez esta secção superior. Apesar de fria, a água era muito menos abundante, contribuindo para uma experiência menos apetecível da que foi possível anteriormente. As zonas secas proliferam nesta fase de fraca pluviosidade, mas nem tudo foi pior. Pela positiva, tenho que realçar que gostámos do início da ribeira. O dia tinha começado muito bonito e decidimos seguir a ribeira a partir da sua génese. Inicialmente o Paúl da Serra providenciou um grande espectáculo visual com um céu limpo e terreno aberto. O leito da ribeira foi-se definindo e algum tempo depois a água emergiu do solo. Esta secção anterior ao primeiro rapel é ainda algo extensa, mas bonita. Tem várias lagoas e muito verde por todo o lado.
Logo após o primeiro rapel encontramos uma zona estreita escavada na rocha, por onde serpenteamos através de várias pequenas lagoas. Após esta secção a ribeira volta a abrir, e a água ausenta-se. Na zona das maiores lagoas, ainda saltámos algumas vezes, mas já com menos vontade do que da última vez. Chegámos  à conclusão de que o ideal será fazer este canyoning durante o verão, logo após um período de chuva, situação que se verificou em Junho.
O regresso pelo novo trilho fez-se sem precalço, mas foi mais penoso fazê-lo agora com o fato e mochila. Sempre são quase 2 horas de regresso até ao carro.
Optámos por regressar pela Encumeada dado que a estrada da Calheta está em trabalhos, e assim vimos o nosso esforço ser recompensado: um mar de nuvens esperava-nos, compondo um ambiente surreal. As fotos simplesmente não fazem justiça a este magnífico espectáculo.

Álbum completo (104 fotos) e com maior resolução AQUI.
Equipamento: Pentax Optio W30 e Pentax Optio W60




















domingo, 18 de outubro de 2009

Trilho de acesso ao canyoning da Água Negra (superior)

Abertura de trilho de acesso ao canyoning da Água Negra (superior)
Realizado a 17/10/2009
Participantes: Carlos, Louísa e Márcia

Após ter descoberto uma vereda/trilho que nos levava até cerca de 100 metros de uma escapatória do canyoning da Água Negra superior, regressámos ontem com o intuito de abrir ou descobrir um trilho que cobrisse essa secção que faltava para ligar a ribeira à Levada das 25 Fontes. Infelizmente não conseguimos descobrir um trilho já definido, pelo que fomos aproveitando pequenas abertas na densa vegetação de urzal e uveira para ziguezaguear até chegarmos perto da margem. A progressão foi algo penosa e o facto de não conseguirmos progredir em linha recta em direcção ao local pretendido originalmente, fez-nos duvidar do sucesso desta jornada. Após termos sido obrigados a subir, optámos por usar uma aberta em sentido descendente e eventualmente atingimos a margem. Numa primeira instância, parecia que todo o esforço que tínhamos empregue nesta tentativa tinha sido em vão, já que um paredão de 6 metros separava-nos do leito da ribeira. No entanto, pouco acima estava uma cascata que elevava o nível da água até a uma altitude mais próxima de onde nos encontravamos. Assim, avançamos até lá e aí conseguimos um acesso relativamente fácil até ao leito. Apesar de estarmos consideravelmente mais acima do que inicialmente era a nossa intenção, ficamos ainda assim abaixo de uma sequência de lagoas que consiste a zona mais lúdica da ribeira. Abaixo ficaram apenas mais dois pequenos rapéis de pouca importância, além, claro, das 3 maiores verticais deste canyoning. Contas Feitas, tínhamos aberto 200 metros de trilho, ao invés dos 100 metros previstos.
A escapatória mais abaixo, entre a cascata de 30 e a de 70 metros, terá que ser estudada através de outro ponto de partida da vereda, a uma altitude menos elevada.
Apesar de não termos encontrado a ribeira no ponto desejado, o objectivo principal de não perder as lagoas foi atingido, e no no final do dia estávamos todos com uma sensação de realização. Ainda sobre o trilho, quem o descer terá que inicialmente subir até uma zona de afloramento rochoso, onde se tem que destrepar 5 metros até um patamar inferior. Aqui, o trilho segue em sentido descendente para mais tarde virar à esquerda, onde pouco depois encontrará uma vereda mais definida. Este percurso é bem perceptível nesta vista do Google Earth. A verde encontra-se o caminho já percorrido há 2 semanas e a laranja está demarcado o novo trilho.




















Tenho ainda que referir que ao descer o trilho, já depois de passar pelo ribeiro íngreme (ver descrição no post "Reconhecimento da vereda "Levada das 25 Fontes - Ribeira da Água Negra"") há uma secção onde se pode continuar pela esquerda ou pela direita. A que nós reconhecemos foi a da direita, mas provavelmente a da esquerda vai também encontrar a Levada das 25 Fontes. Ficou para mais tarde testarmos este percurso alternativo.
Bem, descobertas à parte, não posso deixar de referir que vale a pena um passeio por estes trilho por estas alturas, uma vez que as vistas são bonitas, as bagas de uveira estão maduras, doces, bem grandes e encontram-se em abundância, e a lagoa onde o trilho encontra a ribeira é bem bonita e propícia a um piquenique.
Quanto às características do percurso, o trilho inicial desce-se de 15 a 25 minutos, (200 metros) a vereda posterior de 30 a 45 minutos (600 metros) e a partir daí estamos na Levada das 25 Fontes. Em termos práticos, esta escapatória não será útil apenas a quem quiser evitar os ressaltos maiores, uma vez que quando o peso é um factor, esta configuração permite trazer cordas muito mais curtas. Esta saída permite ainda encurtar uma jornada que se tenha atrasado e seja pertinente estar na levada dentro de uma hora (caso esteja quase a anoitecer, ou alguém se tenha magoado). No âmbito da segurança, é ainda um acesso alternativo a um corpo de resgate.

Não é segredo que este canyoning é o que me agrada mais de todos os que já conheci, e sei que não sou o único que tem esta preferência, pelo que esta saga valeu a pena em todos os aspectos.

Álbum completo (57 fotos) e com maior resolução AQUI.
Equipamento: Pentax Optio W30 e Pentax Optio W60