sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Ribeira do Folhado 2010

Ribeira do Folhado, Seixal
Realizado a 12/08/2010
Participantes: Carlos, Louísa e Márcia

Dois anos depois, reeditamos a saída de canyoning que nos tinha corrido menos bem, o "Canyoning dos Lenhadores", que atravessa a ribeira do  Folhado, a Ribeira da Hortelã e a Ribeira do Seixal. Da última vez saímos da ribeira já de noite, tais foram os atrasos provocados pelo desconhecimento e subestimação do percurso. Desta vez, e tendo já repetido este canyoning no ano passado (à excepção da Márcia), concluímos a actividade com várias horas de luz ainda por gastar e sem percalços de relevo a registar.

Avançando para uma análise mais detalhada, começo por realçar que a vereda do "Lombo Barbinhas" se encontra melhorada com degraus em urze em quase toda a sua extensão, o que facilita muito a progressão. No entanto, aquela curta mas perigosa secção inicial com degraus escavados na parede de terra não foi alterada, pelo que a vereda continua a não ser recomendada a caminhantes inexperientes (principalmente com o piso molhado).

Quanto ao canyoning em si, sofreu algumas alterações que convém registar:

- o destrepe entre os R7 e R8 foi equipado com duas argolas, o que é de saudar porque com o caudal que é típico desta ribeira torna-se perigoso para as raparigas, com menos massa corporal e membros mais curtos.

- a ancoragem do fraccionamento do último rapel da Ribeira da Hortelã apresenta-se com apenas uma plaqueta. Como não quisemos arriscar e já nos tinha sido referido que não seria exequível um corrimão, descemos desde trás e não tivemos problemas de maior com roçamento ou com a recuperação da corda.

- o destrepe à esquerda no último ressalto da Ribeira do Seixal tem novas pedras de grandes dimensões entaladas no início da descida, o que dificulta consideravelmente o acesso e aumenta o grau de dificuldade da manobra. Nesta mesma zona há uma maior acumulação de pedras, pelo que não sei se o rapel para o centro da lagoa ainda está acessível.

Para quem ainda não conhece o canyoning, tem um perfil bastante vertical, principalmente na secção do Folhado, onde se anda pouco mas desce-se muito, tanto em rapel como em destrepe. Quanto aos destrepes, são de uma forma geral, de dificuldade média a média-alta, seja devido à verticalidade, à rocha pouco sólida ou à força do caudal em zonas de afunilamento. Todos os destrepes são ultrapassáveis para praticantes com o mínimo de experiência, mas a atenção e cautela ao aborda-los tem que ser maior do que na generalidade dos canyonings.
Quanto à estética, é um canyoning do Vale da Ribeira do Seixal, por isso a beleza natural é farta e garantida, com muito fetos e verde por todo o lado. O rapel maior é de 30 metros, por isso não há uma grande vertical a caracterizar este troço.
Com 16 rapéis, vários destrepes e um acesso longo, não é um canyoning curto, até porque inclui 4 rapéis com fraccionamento em suspenso, onde sempre se gasta algum tempo.
Falta apenas referir que a Levada do Seixal na secção exposta junto à Ribeira do Folhado continua sem protecção, e a água marca presença constante.

Concluindo, este canyoning tinha o propósito de dissipar alguns fantasmas que ficaram desde a atribulada incursão de 2008, mas apesar de tudo ter corrido sem percalços que provocassem atrasos significativos, este canyoning revela ter a sua imponência e merece uma saída bem preparada. Há que realçar que esta descida foi um bom treino no destrepe para a Louísa e Márcia, e que mesmo ao longo do canyoning foi visível a sua evolução, conseguindo ultrapassar os destrepes mais difíceis sem ajuda.

Quero deixar uma última nota sobre as máquinas fotográficas que usamos: a aquisição mais recente foi a Smasung WP10, e apesar de ter sido a mais barata de todas (a partir de €150), parece-me que é a melhor. A imagem apresenta uma ausência de excesso no contraste que está presente em todas as outras máquinas (W30, W60 e Panasonic), resultando em maior definição de volumes e formas. A Samsung também lida muito melhor com zonas de grande contraste lumínico, sem queimar a foto. Isto é bem visível comparando as fotos 090 e 091 (o nome da foto está disponível  nas informações à direita, se não aparecer, é só clicar em "mais informações"). Falta referir que a Samsung WP10 tem 12Mp, faz vídeo HD a 720p e 30fps e é submersível até 3m.

Álbum completo (131 fotos) e com maior definição AQUI.
Equipamento:
-Pentax Optio W30 (fotos com o nome Imgp78...)
-Pentax Optio W60 (fotos com nome Imgp4... e Imgp5...)
-Samsung WP10 (fotos com o nome Sam...)
















terça-feira, 3 de agosto de 2010

Ribeira das Cales I nocturno

Ribeira das Cales, Chão da Lagoa, Funchal
Realizado a 01/08/2010
Participantes: Carlos e Louísa

A última saída de canyoning para teste do material da loja "Casco Antiguo" levou-nos a regressar à Ribeira das Cales em menos de uma semana, mas desta vez seria percorrida de noite. O acesso foi feito ainda ao entardecer, mas o primeiro rapel já foi feito com o auxílio de frontais e lanternas de mão. Para esse efeito, há que elogiar a potência lumínica das lanternas levadas pelos representantes da loja, que julgo terem sido as "Aqua Lumen 5 Led 5x5" com 50h de autonomia e submersíveis até 120m.
A experiência de fazer este canyoning à noite foi interessante e diferente, e deixou um pouco a vontade de experimentar num percurso mais longo e percorrido durante a madrugada (este canyoning foi feito sensivelmente entre as 21 e 22h). Deverá ser empolgante acabar um canyoning com os primeiros raios de sol. No que toca às dificuldades que se poderiam adivinhar com a ausência de luz natural, as mesmas não se fizeram sentir, em parte pelo perfil e baixo grau de dificuldade deste percurso, e em parte pela muita boa iluminação proporcionada pelos frontais. Durante a aproximação e o início do canyoning fizeram-se sentir pequenos chuviscos e vento frio, mas no final as nuvens dissiparam-se e pudemos usufruir da ribeira sob um céu estrelado. Os saltos e tobogãs revelaram ser tão lúdicos quanto de dia, ainda que seja sempre necessário verificar antecipadamente a viabilidade de ultrapassar o ressalto dessa forma.

Álbum completo (21 fotos) e com maior definição AQUI.
Equipamento: Pentax Optio W30







segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Voltas da Matilde 2010

Canyoning das Voltas da Matilde, Caminho das Voltas, Chão da Ribeira, Seixal a 30/07/2010
Participantes: Carlos e Márcia


A loja "Casco Antiguo" promoveu saídas de canyoning nos dias 30 e 31 de Julho e 1 de Agosto, no sentido de divulgar e testar as soluções que dispõe para a actividade. Vários praticantes regionais juntaram-se a dois representantes da empresa em Portugal em 3 canyonings: Voltas, Pedra Branca e Cales I.

No primeiro dia fizémos as "Voltas da Matilde". O convívio e a boa disposição fizeram com que a subida do Caminho das Voltas fosse pouco custosa, e sem me aperceber, já estávamos no acesso à ribeira. Esta apresentou-se deslumbrante, como sempre, com um farto manto de fetos a esboçar um ambiente tropical. Todos os participantes usaram fatos Subacqua multiaventura, ideais para o canyoning pela sua robustez, flexibilidade, conforto e isolamento térmico, pelo que o frio e os vários destrepes não levantaram qualquer problema. Quanto ao estado da própria ribeira, infelizmente há a acrescentar uma derrocada de alguma dimensão a meio do percurso à que já tinha enchido o final do canyoning com vários troncos. Ao longo do canyoning encontramos uma ou outra árvore caída, mas estes obstáculos são facilmente ultrapassáveis. O charme característico deste percurso mantém-se intacto, e num dia cheio de sol como o de sexta-feira, foi um enorme prazer regressar às Voltas.

Como é típico desta ribeira, a quantidade diminuta de luz que chega ao seu leito faz com que poucas fotos tenham saído bem.

Álbum completo (20 fotos) e com maior definição AQUI.
Equipamento: Samsung WP10






domingo, 1 de agosto de 2010

Ribeira das Cales I 2010

Ribeira das Cales, Chão da Lagoa, Funchal
Realizado a 27/07/2010
Participantes: Bernardo, Carlos, Louísa, Márcia e Vanessa

Após um reconhecimento feito a um pequeno ribeiro na Fonte do Bispo, este foi o verdadeiro início à nossa actividade de canyoning em 2010. Optámos pelas Cales por ser um troço curto, simples, mas completo e divertido, o ideal para lembrar as técnicas que já não eram postas em prática desde Dezembro do ano passado.
Neste dia teve lugar também o baptismo de canyoning da Vanessa. Felizmente a meteorologia ajudou a que esta experiência fosse agradável, não só para ela, como para todo o grupo. Com apenas uma curta experiência em rapel, a Vanessa superou as expectativas de todos, principalmente na progressão a pé, em destrepe e em saltos. Os inúmeros sorrisos que as câmaras conseguiram registar fazem adivinhar que o "bichinho" do canyoning já se começou a instalar.
Quanto à ribeira em si, está com um bom caudal, e apresenta-se um pouco alterada depois do último inverno. Na secção final em cerro, a primeira lagoa está menos funda e a superfície do chão que antecede a lagoa seguinte está menos irregular, o que facilita o escorregar em tobogã como alternativa ao salto. O melhor é que a grande rocha que tapava o tobogã seguinte desapareceu e agora pode-se desce-lo. Há que referir que os nossos colegas do CNS desobstruíram algumas pedras que tapavam o final do tobogã, acabando o trabalho do 20 de Fevereiro. Infelizmente, a lagoa do último salto está menos funda, o que o torna menos aconselhado. Neste final da garganta, ficou muito detrito afunilado.

Em nota final, quero deixar uma nota pública de solidariedade e agradecimento para todos os que têm recuperado os canyonings depois do temporal do último inverno, e que agora vem a ser roubado o material deixado para o uso de todos. É lamentável que haja quem esteja disposto a colocar em risco a integridade física de todos os praticantes para se apoderar de material que custa alguns euros.

Álbum completo (66 fotos) e com maior resolução AQUI.
Equipamento:
Panasonic DMC-FT1 (fotos com nome "P104...")
Samsung WP10 (fotos com nome "Sam...")



sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Canyoning das Cales I (troço médio)

Ribeira das Cales, Chão da Lagoa, Funchal
Realizado a 6/12/2009
Participantes: Bernardo, Carlos e Louísa

Após a não obtenção de licença para realizar um canyoning numa outra zona devido a um pedido demasiado tardio, recorremos à Ribeira das Cales, no troço intermédio da secção superior (Cales I). Este pequeno percurso de 300 metros concentra vários saltos, pequenos escorregas, zonas abertas, gargantas estreitas, destrepes e três pequenos rapéis. Inserido no contexto visual do Chão da Lagoa, é uma solução interessante para quem fazer um canyoning numa decisão de momento. Nós regressámos para capturar mais vídeos e fotografias para o vídeo das nossas actividades em 2009, e claro, para desfrutarmos das propriedades lúdicas deste troço.
O dia, apesar de nublado, estava bastante agradável para o final de Outono. O vento não se fazia sentir e a temperatura estava perfeitamente suportável para os 1400m de altitude a que nos encontrávamos. Estavam, assim, reunidos os condimentos para uma manhã bem passada. Felizmente tudo correu bem, conseguimos as imagens que queríamos, há apenas a salientar a temperatura extremamente baixa que a água regista nesta altura. De futuro vamos tentar obter uma leitura desta temperatura para verificar a sua evolução ao longo do ano.

Álbum completo (62 fotos) e com maior resolução AQUI.
Equipamento: Pentax Optio W30












quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Mais fotos da Calheta 2

Ribeira da Calheta, realizado a 7/11/2009
Participantes: Bernardo, Carlos, Louísa e Márcia

Nestas semanas não temos feito canyoning por motivos de doença ou más condições climatéricas, mas ,entretanto, estão disponíveis mais fotos da segunda visita ao Canyoning da Calheta. Desta vez tratam-se das fotos da autoria do Bernardo com a sua recentemente adquirida Panasonic DMC-FT1.
 
Álbum completo (142 fotos) e com maior resolução AQUI.
Equipamento: Panasonic DMC-FT1