domingo, 25 de outubro de 2009

Canyoning da Água Negra superior - versão curta

Ribeira da Água Negra, Rabaçal. Realizado a 24/10/2009.
Participantes: Carlos, Filipe e Louísa

Regressámos ontem ao troço superior do canyoning da Água Negra para estrear o trilho que abrimos na semana passada e que serve de escapatória deste canyoning antes das grandes verticais.
Fazendo jus ao seu nome, a Ribeira da Água Negra recebeu-nos com lagoas pouco iluminadas e já muito frias, ao contrário do sol quente e água verde esmeralda completamente translúcida com que fomos presenteados em Junho, quando percorremos pela primeira vez esta secção superior. Apesar de fria, a água era muito menos abundante, contribuindo para uma experiência menos apetecível da que foi possível anteriormente. As zonas secas proliferam nesta fase de fraca pluviosidade, mas nem tudo foi pior. Pela positiva, tenho que realçar que gostámos do início da ribeira. O dia tinha começado muito bonito e decidimos seguir a ribeira a partir da sua génese. Inicialmente o Paúl da Serra providenciou um grande espectáculo visual com um céu limpo e terreno aberto. O leito da ribeira foi-se definindo e algum tempo depois a água emergiu do solo. Esta secção anterior ao primeiro rapel é ainda algo extensa, mas bonita. Tem várias lagoas e muito verde por todo o lado.
Logo após o primeiro rapel encontramos uma zona estreita escavada na rocha, por onde serpenteamos através de várias pequenas lagoas. Após esta secção a ribeira volta a abrir, e a água ausenta-se. Na zona das maiores lagoas, ainda saltámos algumas vezes, mas já com menos vontade do que da última vez. Chegámos  à conclusão de que o ideal será fazer este canyoning durante o verão, logo após um período de chuva, situação que se verificou em Junho.
O regresso pelo novo trilho fez-se sem precalço, mas foi mais penoso fazê-lo agora com o fato e mochila. Sempre são quase 2 horas de regresso até ao carro.
Optámos por regressar pela Encumeada dado que a estrada da Calheta está em trabalhos, e assim vimos o nosso esforço ser recompensado: um mar de nuvens esperava-nos, compondo um ambiente surreal. As fotos simplesmente não fazem justiça a este magnífico espectáculo.

Álbum completo (104 fotos) e com maior resolução AQUI.
Equipamento: Pentax Optio W30 e Pentax Optio W60




















domingo, 18 de outubro de 2009

Trilho de acesso ao canyoning da Água Negra (superior)

Abertura de trilho de acesso ao canyoning da Água Negra (superior)
Realizado a 17/10/2009
Participantes: Carlos, Louísa e Márcia

Após ter descoberto uma vereda/trilho que nos levava até cerca de 100 metros de uma escapatória do canyoning da Água Negra superior, regressámos ontem com o intuito de abrir ou descobrir um trilho que cobrisse essa secção que faltava para ligar a ribeira à Levada das 25 Fontes. Infelizmente não conseguimos descobrir um trilho já definido, pelo que fomos aproveitando pequenas abertas na densa vegetação de urzal e uveira para ziguezaguear até chegarmos perto da margem. A progressão foi algo penosa e o facto de não conseguirmos progredir em linha recta em direcção ao local pretendido originalmente, fez-nos duvidar do sucesso desta jornada. Após termos sido obrigados a subir, optámos por usar uma aberta em sentido descendente e eventualmente atingimos a margem. Numa primeira instância, parecia que todo o esforço que tínhamos empregue nesta tentativa tinha sido em vão, já que um paredão de 6 metros separava-nos do leito da ribeira. No entanto, pouco acima estava uma cascata que elevava o nível da água até a uma altitude mais próxima de onde nos encontravamos. Assim, avançamos até lá e aí conseguimos um acesso relativamente fácil até ao leito. Apesar de estarmos consideravelmente mais acima do que inicialmente era a nossa intenção, ficamos ainda assim abaixo de uma sequência de lagoas que consiste a zona mais lúdica da ribeira. Abaixo ficaram apenas mais dois pequenos rapéis de pouca importância, além, claro, das 3 maiores verticais deste canyoning. Contas Feitas, tínhamos aberto 200 metros de trilho, ao invés dos 100 metros previstos.
A escapatória mais abaixo, entre a cascata de 30 e a de 70 metros, terá que ser estudada através de outro ponto de partida da vereda, a uma altitude menos elevada.
Apesar de não termos encontrado a ribeira no ponto desejado, o objectivo principal de não perder as lagoas foi atingido, e no no final do dia estávamos todos com uma sensação de realização. Ainda sobre o trilho, quem o descer terá que inicialmente subir até uma zona de afloramento rochoso, onde se tem que destrepar 5 metros até um patamar inferior. Aqui, o trilho segue em sentido descendente para mais tarde virar à esquerda, onde pouco depois encontrará uma vereda mais definida. Este percurso é bem perceptível nesta vista do Google Earth. A verde encontra-se o caminho já percorrido há 2 semanas e a laranja está demarcado o novo trilho.




















Tenho ainda que referir que ao descer o trilho, já depois de passar pelo ribeiro íngreme (ver descrição no post "Reconhecimento da vereda "Levada das 25 Fontes - Ribeira da Água Negra"") há uma secção onde se pode continuar pela esquerda ou pela direita. A que nós reconhecemos foi a da direita, mas provavelmente a da esquerda vai também encontrar a Levada das 25 Fontes. Ficou para mais tarde testarmos este percurso alternativo.
Bem, descobertas à parte, não posso deixar de referir que vale a pena um passeio por estes trilho por estas alturas, uma vez que as vistas são bonitas, as bagas de uveira estão maduras, doces, bem grandes e encontram-se em abundância, e a lagoa onde o trilho encontra a ribeira é bem bonita e propícia a um piquenique.
Quanto às características do percurso, o trilho inicial desce-se de 15 a 25 minutos, (200 metros) a vereda posterior de 30 a 45 minutos (600 metros) e a partir daí estamos na Levada das 25 Fontes. Em termos práticos, esta escapatória não será útil apenas a quem quiser evitar os ressaltos maiores, uma vez que quando o peso é um factor, esta configuração permite trazer cordas muito mais curtas. Esta saída permite ainda encurtar uma jornada que se tenha atrasado e seja pertinente estar na levada dentro de uma hora (caso esteja quase a anoitecer, ou alguém se tenha magoado). No âmbito da segurança, é ainda um acesso alternativo a um corpo de resgate.

Não é segredo que este canyoning é o que me agrada mais de todos os que já conheci, e sei que não sou o único que tem esta preferência, pelo que esta saga valeu a pena em todos os aspectos.

Álbum completo (57 fotos) e com maior resolução AQUI.
Equipamento: Pentax Optio W30 e Pentax Optio W60














segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Ribeira da Calheta

Ribeira da Calheta, realizado a 10/10/2009
Participantes: Carlos, Filipe e Louísa

Depois do adiamento motivado pelo temporal da semana passada, partimos à descoberta do canyoning da Ribeira da Calheta, um pequeno troço entre as levadas das 25 Fontes e da Rocha Vermelha. Ao longo dos anos, sempre que passava por esta zona, pensava que esta pequena secção poderia ser interessante. Parecia estreita e com pequenas verticais, frequentemente com caudal devido ao despejo de água proveniente da Levada das 25 Fontes. Foi, então, a situação perfeita para o primeiro canyoning que abrimos. O percurso conta com apenas 6 rapéis ao longo de 400m de extensão e 120m de desnível. O maior ressalto tem 16m e todas as amarrações são possíveis com ancoragens naturais nas urzes que dominam a paisagem. O canyoning conta com vários destrepes, todos facilmente ultrapassáveis, sendo o maior de 4m.
Infelizmente, desta vez a Levada não estava aberta para a ribeira, pelo que o caudal estava fraco, aumentando lentamente ao longo do trajecto. Quando a Ribeira da Calheta apresenta este perfil, é possível percorrer o canyoning sem fato de neoprene, já que é possível evitar as zonas mais profundas das lagoas, molhando-nos apenas até ao joelho. Apesar da pouca água, a ribeira não deixou de mostrar os seus encantos, particularmente numa zona intermédia que consiste num autêntico túnel de urze, com vários destrepes entre pequenas, mas bonitas passagens. Esta secção lembrou-nos a zona inicial do canyoning da Água Negra superior. Infelimente, as zonas inicial e final não estão tão limpas de ervas com impacto estético menos agradável, particularmente com a presença de algum incómodo silvado. Ao longo da ribeira, particularmente na beira das cascatas, abrem-se vistas para o restante vale da ribeira, sempre com o mar ao fundo.
O tempo de acesso desde o carro é de 10min e de regresso cerca de 30min, onde se terá que contar com a subida de uma vereda com 140m de desnível. Dentro da ribeira dever-se-á demorar entre 1 e 2 horas, dependendo da velocidade e volume do grupo. Assim , este canyoning apresenta-se como uma solução para um canyoning rápido, simples e pouco cansativo. Com um caudal elevado deverá duplicar o interesse e o grau de dificuldade, particularmente nos destrepes. Ainda assim, é possível montar rapel nos 3 destrepes mais difíceis, pelo que há sempre uma variante segura para ultrapassar esses ressaltos.

Álbum completo (72 fotos) e com maior resolução AQUI.
Equipamento: Pentax Optio W30 e Pentax Optio W60























sábado, 3 de outubro de 2009

Vídeo w30canyoning 2008 em HD no youtube

Inicialmente coloquei o vídeo no vimeo porque era o único site que disponibilizava conteúdo em HD, mas agora que o youtube também já dispõe desta opção, fiz upload para lá também. O único senão é que não permitem vídeos com duração superior a 10 minutos, pelo que tive que corta-lo em 3. Como não voltei a fazer render a partir do projecto original em After Effects, perdeu-se alguma qualidade da imagem. De qualquer forma, continuam a poder visualizar o vídeo com qualidade máxima e de uma só vez em: http://www.vimeo.com/2933439. Aqui também podem fazer download do vídeo, o que não é possível de forma directa no youtube.
A idea de colocar no youtube é a de divulgar mais o vídeo e consequentemente, os canyonings na Madeira.

W30canyoning no youtube: