segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Reconhecimento da vereda "Levada das 25 Fontes - Ribeira da Água Negra"

Reconhecimento da vereda "Levada das 25 Fontes - Ribeira da Água Negra", Rabaçal, a 26/09/2009
Participantes: Carlos, Filipe, Louísa e Márcia

No passado sábado decidimos partir à descoberta de uma vereda ou trilho que supostamente liga a Levada das 25 Fontes à Ribeira da Água Negra, mais precisamente acima dos rapéis maiores do final da secção superior. Esta vereda serviria para encurtar este canyoning, deixando-o pouco técnico, mas ainda muito estético e lúdico, uma alternativa para quem deseja usufruir deste troço sem lidar com a verticalidade do final.
O início da vereda do lado da levada está relativamente bem sinalizado, pelo que esta parte não nos apresentou qualquer problema. O trilho torna-se depois menos definido, mas munidos de gps e bússola conseguimos progredir na direcção certa. A parte inicial é algo íngreme, onde cobrimos cerca de 170m de desnível. Logo depois há uma pequena transição feita no leito de um ribeiro seco com uma inclinação bastante acentuada, sendo a progressão ajudada por apoios para os pés escavados na rocha. Subindo cerca de 15 metros para a outra margem acedemos à segunda metade do trilho, agora muito menos inclinado e bem demarcado. Infelizmente, este termina a pouco mais de 100m do ponto de acesso à ribeira, o que já era previsto num mapa antigo. Vamos ter que regressar outro dia para descobrir a melhor forma de percorrer a distância que falta.
O saldo desta pequena "aventura" foi positivo, até porque descobrimos um acesso alternativo à parte final do trilho, uma outra vereda que desce vertiginosamente para a levada das 25 Fontes, num ponto mais adiante. Este caminho, apesar de evitar a transição mais difícil no ribeiro íngreme, castiga bastante os joelhos pelos inúmeros "degraus" que apresenta.
Quem percorrer estre trilho até ao seu ponto mais alto vai atingir o topo de um cabeço, num local de vista panorâmica sobre os vales do Rabaçal, a mais de 1200m de altitude. Aqui encontramo-nos acima do Risco e das 3 maiores cascatas do Canyoning da Água Negra Superior. O desnível da ascensão cifrou-se em cerca de 250m, após o arranque aos 970m.
Este dia proporcionou-nos uma experiência diferente, como que uma pequena aventura de descoberta e um exercício de orientação. O tempo ajudou e o contexto visual muito rico fizeram desta uma jornada a recordar.

Álbum completo (71 fotos) e com maior resolução AQUI.
Equipamento: Pentax Optio W30 e Pentax Optio W60











domingo, 27 de setembro de 2009

Ribeira dos Cedros 2009

Ribeira dos Cedros, Rabaçal, realizado a 19/09/2009
Participantes: Bernardo, Carlos, Filipe, Louísa e Márcia

Face à curta paragem em Agosto, consideramos esta altura ser o início de uma nova temporada de canyoning, a de 2009/2010. Assim, estamos a percorrer troços simples e relativamente curtos, na perspectiva de aprimorar o domínio técnico para mais tarde no "campeonato" tentarmos novos e mais longos percursos.
Começámos há duas semanas com o canyoning das "Voltas da Matilde", do qual não disponibilizámos fotos porque o dia sombrio não permitiu uma recolha que valesse a pena partilhar. Em relação a essa saída há a assinalar o regresso do Nuno ao grupo este ano, depois de já termos feito juntos o canyoning das Cales IV em Julho. Para quem não sabe, o "Chefe" é o responsável pela nossa iniciação no canyoning há já 6 anos atrás.

Nesta perspectiva de optar por percursos mais simples, no passado fim de semana voltámos ao Rabaçal para dar a conhecer a Ribeira dos Cedros ao Filipe e à Márcia e visitar este canyoning que tão boa impressão deixou há um ano atrás. De início o tempo esteve de feição, mas logo ficou nublado, o que dificultou a fotografia. Apesar disto, a ribeira revelou-se extremamente simpática e bela, muito agradável de percorrer. Trata-se de um ribeiro estreito, na sua maioria com paredes altas. O caudal é fraco, sendo inexistente no início. Ao contrário  das "Voltas", aqui os fetos  e restante vegetação, apesar de abundantes, deixam muita superfície rochosa a descoberto. Depois de entrar  no corredor principal e até ao rapel maior, é-nos proporcionada uma bonita vista  sobre os vales do Rabaçal . Esta cascata de 20m é o única que exige alguma perícia técnica pelo seu fraccionamento em suspenso no início, mas todos superaram esse ressalto sem dificuldade.
O regresso fez-se pela Levada da Rocha Vermelha, mas desta vez apenas as mochilas vieram à boleia dentro da levada porque não havia calor para tanto.

Álbum completo (80 fotos) e com maior resolução AQUI.
Equipamento: Pentax Optio W30 e Pentax Optio W60


























quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Canyoning da afluente do Ribeiro Pé das Voltas 2

Afluente do Ribeiro Pé das Voltas, Chão da Ribeira, Seixal, realizado a 25/07/2009
Participantes: Carlos, Louísa e Márcia

Após ficarem apeadas no Canyoning do Inferno, as "meninas" do grupo voltaram à acção na Afluente do Pé das Voltas. Levei a Márcia e a Louísa a este pequeno canyoning para relembrar técnicas de montagem de amarração e fraccionamento. Desta forma, a Márcia também ficou a conhecer este percurso onde pontificam um baixo volume de água, pouca dificuldade técnica, e uma componente estética completamente arrebatadora. Dadas as especificidades deste ribeiro e ser verão, pudemos, pela primeira vez, realizar um canyoning sem fato.

Álbum completo (33 fotos) e com maior resolução AQUI.
Equipamento: Pentax Optio W30





Ribeira das Cales IV - Reequipagem

Ribeira das Cales - sector IV, Funchal
Realizado a 21/07/2009 por Carlos, Duarte, Hugo, Lino e Rui Nélson

Fui convidado para participar numa saída para reequipar a Ribeira das Cales IV, que apesar de interessante e muito lúdica, estava equipada com ancoragens muito antigas ou inadequadas.
Apesar de no dia anterior ter realizado o canyoning da Ribeira do Inferno, lá reuni forças e aceitei o convite.

Com esta iniciativa foram criados mais 2 tobogãs assistidos de rapel e facilitaram-se acessos e recuperações através de fraccionamentos. É pena que não tenha sido possível melhorar o último rapel devido à péssima consistência da rocha.

De salientar que como é costume o trabalho era sempre acompanhado de boa disposição. Como seria de esperar, foi uma grande experiência de aprendizagem. Por isto e pela camaradagem deixo um grande obrigado ao meus colegas do Clube Naval do Seixal.

Carlos Rodrigues

Álbum completo (16 fotos) e com maior resolução AQUI.
Equipamento: Pentax Optio W30


Ribeira do Inferno

Canyoning da Ribeira do Inferno, São Vicente, realizado a 20/07/2009
Participantes: Bernardo, Carlos e Filipe

Bem, voltamos aos posts 2 meses após o último. A actualização começa com o canyoning do Inferno. A experiência não foi infernal, mas os 3 km de extensão e 10h consecutivas a andar envolveram alguma penitência. A nossa curiosidade em realizar este percurso passava pelo facto de ser o mais acessível dos canyonings com maior extensão que há na Madeira.
Neste dia a metereologia jogou a nosso favor e o sol de vez em quando espreitava por entre os altíssimos paredões que ladeiam o leito da ribeira. A nível de vegetação é muito semelhante ao da Ribeira do Passo (abundância de fetos), facto que não é alheio a esta ribeira correr paralela à do inferno a menos de 1 km de distância. Quanto à experiência, senti que fosse mais gratificante na 1.ª metade, onde a vegetação parece-me ser mais abundante e onde encontramos alguns rapéis interessantes. Ao longo da ribeira, várias afluentes proporcionam inúmeros chuveiros, o que acresce à componente estética. Depois de passar o ressalto maior (40m), que se encontra a meio e está duplamente fraccionado, o cansaço lentamente começou a se instalar e terei que confessar que a rápida conclusão do canyoning parecia cada mais apetecível. Lá finalmente passamos pela ponte da via rápida e avistámos a velha ponte de pedra da antiga ER101, o que significava a saída da ribeira.
Este canyoning é caracterizado pela predominância de pequenos ressaltos e inexistência de escapatórias ao longo dos 3km. O caudal a meio do verão não apresentou qualquer dificuldade, mas é desaconselhada a travessia desta ribeira durante o inverno. Um grupo de praticantes do Clube Naval do Seixal (o pessoal do costume) reequipou este canyoning recentemente, pelo que não enfrentamos quaisquer dificuldades técnicas. Um muito obrigado e abraço!

No final, a impressão que este canyoning me deixou foi a de ser um percurso bonito, mas imponente pela sua extensão. Vale a pena, nem que seja apenas uma vez.

Álbum completo (76 fotos) e com maior resolução AQUI.
Equipamento: Pentax Optio W30 e Pentax Optio W60